Com a vó atrás do toco.

Hoje dei uma fugida e fui ao centro da cidade resolver algumas pendências que já deveriam ter sido resolvidas antes do carnaval.
Como todo bom cidadão que se preze peguei um trasporte coletivo urbano, mais conhecido como ônibus, para fazer o que tiver de fazer, o mais rápido possível e já ansioso para voltar.
Entrei no ônibus, muita gente, empurra empurra, e à minha frente estava um indivíduo agarrado na roleta. Olhei e vi que ele tinha recebido seu troco e estava, pacientemente, tentando colocar suas moedas na carteira.
Cocei a cabeça, torci o nariz e pensei: "por qual motivo será que o elemento não passa a roleta, uma vez que tem muita gente esperando, senta e termina de colocar suas moedas em sua carteira?"
Respirei fundo, esperei, paguei a passagem e me encaminhei até o bando vazio mais longe.
Chegando ao destino fui ao Banco fazer umas coisinhas no caixa eletrônico. Fila grande e muito calor. A minha frente se encontrava uma "doninha" que parecia tentar sacar algum dinheiro. Nada demais em esperar, afinal, algumas pessoas ainda tem dificuldades em manejar um caixa eletrônico.
Vendo que a demora estava sendo demasiadamente grande comecei a reparar o que se passava. Percebi que ela tinha acabado de tirar seu dinheiro e estava, pacientemente, contando nota por nota, (chegava lamber os dedos para passá-las) mas não saia de frente do caixa eletronico.
Cocei a cabeça, torci o nariz e pensei: "Por que será que ela está conferindo o dinheiro em frente o caixa? Ela espera reclamar para o caixa eletrônico se estiver algo faltando?"
Respirei fundo e finalmente fiz o que tinha que fazer.
Despois de algum tempo lembrei de comer algo, pois já se passava das 13 horas e só tinha tomado café.
Resolvi fazer um lanche rápido em alguma lanchonete e lá foi eu pegar mais fila para pegar a fichiha no caixa.
Chegando a minha vez o sujeito atendeu o seu celular, e, como se não hovesse mais ninguém esperando, ele simplesmente me ignorou e ficou conversando algo sobre relacionamente.
Cocei a cabeça, torci o nariz e pensei: "Será que seria pedir muito pra tal pessoa que está ligando para ligar mais tarde? Ainda mais com o sujeito em pleno horário de trabalho."
Respirei fundo e esperei até ser atendido.
Chegando em casa comecei refletir sobre meu dia e cheguei a uma conclusão: sentir impaciência diante de alguma situação é normal, ruim é deixar essa impaciência se manisfestar de maneiras nocivas. Falar palavrões, agredir, humilhar é pura burrice. Afinal, saber perder alguns segundos ou minutos da vida pode evitar que a gente perca toda ela.