O sujeito precisava passar o relatório de sua “viajem” para seu superior. Ele começa:
- Bom, chegando no futuro fiquei quase dois dias tentando sair do estado de choque que me encontrei, mas consegui. A primeira informação que consegui era que estava no ano de 2009. E coisas muito estranhas havia lá. Vou relatar uma a uma:
- Pelo que percebi as pessoas tomam banho todos os dias. Muita frescura.
- As foças não fedem, e os excrementos não ficam expostos.
- Todos usam umas vestimentas cheias de cores, tais como as flores do campo. Dói os olhos.
- Vi várias pessoas falando sozinhas. São muito loucas. Depois percebi que alguns falavam com um objeto do tamanho da mão de uma criança, que normalmente colocavam no rosto, próximo ao ouvido. Mais doidos que imaginava.
- Vi pessoas bem pequenas presas em caixas, elas falavam e pareciam felizes, tentei ver como eles foram parar lá dentro, porém é impossível. Fiquei assustado com isso e não fiquei muito perto, não queria ficar preso lá dentro também.
- As carroças deles fazem barulho e não tem cavalos para puxar. Pura bruxaria.
- As tochas não saem fumaça, não esquentam tanto, e são mais fáceis de acender. Acho que seja por isso que lá eles exageram com a quantidade delas, são tantas que à noite parece dia. Também dói os olhos.
- Não vi plantações, então fiquei intrigado em como eles comiam. Ou o que comiam. Ou se ao menos comiam alguma coisa. Falar nisso estou faminto.
- Vi algo de relance, não posso descrever muito bem pois fiquei com tanto medo que escondi em baixo de uma grande carroça. Parecia um pássaro, muito, mas muito grande que voava e fazia muito barulho. É muito pavoroso. Nesta hora tive que sair debaixo da grande carroça porque várias pessoas falavam de um jeito que não entedia, porém percebi que precisava sair dali, pois a carroça iria zarpar.
- Bati várias vezes em paredes invisíveis colocadas nas entradas dos locais, desisti de tentar entrar.
- As estradas não têm poeira.
- Tudo lá parece andar mais rápido, estão todos apressados, ninguém me percebia, quando me notavam afastavam de mim.
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